ESTAÇÕES

ESTAÇÕES

Que venham as estações!

Que os trens se superlotem

entre idas e vindas

Que os invernos venham e se vão

entre outonos e primaveras

Que corram as estações como devem,

pois o homem com o trompete mexicano

e um chapéu caça-níquel,

ali, sentado na estação,

não para os passos das estações

Mexeram no tempo,

as estações se confundem

e nos confundem

A confusão, aqui embaixo, na estação,

é não saber dizer como está o tempo lá fora

Aqui vida escorre sobre os trilhos e

nada é capaz de parar o tempo,

nem o antigo véu da viúva,

nem um cosmético cósmico,

nem o próximo cigarro

Clebber Bianchi
Enviado por Clebber Bianchi em 26/01/2011
Código do texto: T2752348
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