QUEM ME DERA!

Pensar sem resolver

Atirar a primeira pedra

Sem esperar que ela revida

Ser juiz sem diploma

Mestre sem vocação

Exaustão...

Caos de idéias, sentimento irado

Perdido na imensidão

Voltar a ser o que fui

Ou ficar na inércia do hoje

Luz e sombra, sem contraste

Talvez arraste cotidiano...

Não sou mais como eu era

Virei mata-borrão

Um lay out inacabado

Quero ser obra prima

De mim mesma...superar

Torna-se um desafio suportável

Atingível, não sei...

Capturar as emoções alheias

Sem corromper

Divisar horizontes sombrios

Tentando ser luz

Mas a chama apaga-se

Onde o oxigênio está exaurido

Fuga é paliativo, não solução

Êxito! Haverá?

Perpetua-se a gama de incertezas

Da vida real. Sonho...Quimera...

Torna-se o desejo do eu ferido

Que dizer, daqueles que não pensam?

São mais felizes, pois dormem

O sono dos justos...QUEM ME DERA!