Entregue!

Simples assim...Me entregar para você!

Natural como a flor desabrochar na primavera.

Vou para você...Mesmo sendo quimera o teu querer.

Eu me abro para você,

Como um livro místico....

A ti me deixo decifrar...Pelo prazer do teu toque,

Fico inteira, nua, tua...Corpo, alma, coração...

Transporto você nos versos, te dou minha emoção.

Instigando teu momento, a estar, ficar, atuar...

No palco de minha insensatez...De minha nudez.

Posto que és bruma de fina espessura...Sinônimo de desilusão.

Homem nascido de minha solidão!

Que importa, se de aço são teus laços,

Te fiz algoz de minha paixão,

Não tenho mais salvação.

Tua luz me seduz...E me lanço nos teus braços,

Te ofereço em sacrifício meus escritos

Pois meu corpo já te pertence...Meu coração, mente.

Prisioneira que estou dos teus versos...Teus gestos!

Me enfeitiça, te enfeitiço,

Presos pelas algemas do desejo...Destino?

Meus lábios recebem teu beijo,

E meu corpo ensaia os passos na direção,

Da paixão, da desilusão...Mais sinto teu gosto na boca.

Meu tormento...Teu cheiro inebriando o ar,

E meu corpo só querendo te amar, te sentir, tocar...

Tua pele roçando a minha, fogo, tesão...Há, tua mão!

É teu meu querer...É meu teu prazer.

Fecho os olhos...Surgem teus olhos.

Brilhantes, espelhos de luz,

Teu riso fácil, teu hálito...

Água fresca cristalina, num deserto chamado meu mundo,

Surgem miragens, minhas tuas covarde.

Quero me banhar em teu suor, em você!

Nossos corpos, entre brumas e lençóis...

Revela nossos instintos...Num ritual antigo e profano,

Você é meu maior engano...Que repito, maldito, bendito...

Admito, sempre te espero, sempre quero.

Livre me lanço em teus versos...Palavras insanas,

Lindas e cheias de lascívia,

Momentos de minha vida.

E sinto o vento acariciar-me a pele quente,

Pelo desejo de te ver...Te ter.

Misto de desejo e sofrer...Você!

Trago comigo a essência da paixão,

E no coração a vontade de meu corpo...Teu corpo.

Minha boca anseia tocar a tua...Te provar, provocar!

Mesmo a distância, tua mão teu selo já gravou,

É tua minha a tua luxúria,

Sou aprendiz de teu furor, de teu ardor.

Dominada, estou escrava do teu sabor, teu suor, teu cheiro...

Qual mariposa encantada a luz,

Ardo na ânsia de incinerar minha paixão

Nas larvas que brotam do teu vulcão...Tesão!

Observadora
Enviado por Observadora em 28/10/2006
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