Atordoado de Pixinguinha
Desci ladeira descalço
Chutei as pedras e as latas....
Sangue no dedão do pé.

Caminhos que não percorri
Mas deixei o solo marcado.
Esquinas malditas
Que teimam em não se revelar.

Música de não sei que dimensão
Tocando meu coração
Com a agonia dos criadores

Porque estou nesta estrada?
Com as feridas abertas
A alma em desespero
Procurando as harmonias
Desta música demoníaca
Que transborda de sentimento
Este farrapo de Lamento,
Mendigo de toda a beleza.
Carinhoso, como Naquele Tempo
Humberto Bley Menezes
Enviado por Humberto Bley Menezes em 28/10/2006
Reeditado em 08/10/2007
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