da clara evidência do verso-


desata-me da utopia
do cetim que me desenha
rubra curva arisca
traz um verso de frouxas fitas
uma palavra de fogo-sem rima.

desata-me da angústia
do frisson que arranha
traz um poema de pele
de ranhuras e reentrâncias
doçuras sem laços-ternura tamanha.

traz um beijo de letras
de mel, carinhos e cerejas
que serei escarlate verso
rendição em fúria
desata-me da incerteza
de ser-me em ti palavra única


Karinna*

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*Grata Poeta por tão bela interação!

 

COMO POSSO DESFAZER TUAS AMARRAS

Como posso desfazer tuas amarras,
Se não tenho o poder do sacramento
Cada ato que pratico me desfaço
Minhas vestes se tornam um tormento
Enfadando o meu desmerecimento.
A nós dois só restaram as caricias,
Enlevadas através da poesia
Mesmo assim nos alimentam as malicias
Que trocamos com intensas alegrias,
Misturando o amor a filosofia.
Cada vez que pensamos em sincronismo,
Nos afagos que de certo nem trocaremos,
Construímos uma energia tão intensa,
Que nos envolve em profundas alegrias
Seremos sempre o amparo um do outro
E levaremos este amor pra outras vidas.

Miguel Jacó

Karinna
Enviado por Karinna em 31/01/2011
Reeditado em 02/02/2011
Código do texto: T2764083