Tua posse
Prolixamente veio o começo
Entre desencontros e incertezas
Em meio à discursos copiosos, e...
Silenciosamente a sorte se fez
E tudo o que vejo é a luz de seus olhos
O brilho que emana de ti, o norte
Cubro meus dias com a sua presença
E peço à Deus que não me deixe ir
Sou tua, escrava cega de tua voz
Felina veste dos teus medos
Estranha brisa entre a tempestade
Doentia fala na escuridão, sussurros
E sou tua... no alto, no imenso
Infinitamente sua, desnuda, calada
Perdida entre os gemidos de minha alma
Achada e presa neste cárcere... assim
Toma-me
Renda-me
Envolva-me
E escuta: sou sua, sou tua... posse!