MORTE DO LOUCO

Fica no testamento do louco,
à associação das estrelas mortas,
um fundo de amor infinito,
do banco de areia...

O terreno, na quadra dos sonhos,
a casa, na cidadela do peito
e o cão de guarda...

Deixa, todos, à esperança.

De mais, o que lhe valia,
leva, na leve bagagem,
a saudade, a fotografia,
do doido varrendo a rua,

O corpo, extraviado,
era do louco, só alma.



Texto revisado e reeditado com fundamentos, mais uma vez, para minha felicidade na crítica impecável e nos conselhos fraternos do poeta Joaquim Moncks.