Amor repentino

Eu sou um cara aberto.

A vida me fez altruísta e bom

E o meu poema é um desejo certo,

Animado e coletivo

Que eu faço tudo para mostrar.

Mas tu me negastes os lábios para beijar na aurora,

O teu sorriso breve,

E prendestes esses teus cabelos agora...

E o cara silente ficou parado, sem entender

Nada, numa alegria de outrora ceifada...

A repentina, a dolente felicidade de um boneco inculto...

No qual nem um pássaro quis pousar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 30/10/2006
Código do texto: T277291
Classificação de conteúdo: seguro