Veio a lua

A lua passeava por entre as estruturas de concreto

Das grandes cidades

Numa noite que parecia engolir o tempo

Caminhava de forma pacata para não perturbar

O sono do homem

Respirava lentamente para nem mesmo sussurrar

Iluminava tudo como um grande lampião

De rancho no campo

Esboçava rir quando o vento lhe fazia cócegas

Passando por suas curvas

Era a dama da noite naquela cidade que dormia

Toda vestida em brilho e cheia de glamour

Também tocava a face do orvalho que caia sem parar

Sereno, o sereno caia e a vida ia sendo vivida

Pernilongos e vaga-lumes voavam

Gatos e ratos pelas galerias a se confrontar

Assim foi a noite que acabou...

De acabar!

Altair Jose
Enviado por Altair Jose em 06/02/2011
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