VENTO MURMURANTE.

Murmura o vento teu nome ao meu ouvido.

Vindo-me tua lembrança enlaço meus braços

Ao redor de mim e imensa se faz a tua falta.

O vento segue murmurando o teu nome.

Vou saudosa ao encontro do vento na

Tentativa de, também, te encontrar.

Intensamente o vento sopra.

Em suas rajadas o teu nome ainda mais nítido.

A chuva precipita-se. Querendo te encontrar me apuro.

Já não ouço somente o teu nome.

Derrama a chuva sobre mim o teu perfume.

Em desvario e sem rumo sigo adiante buscando por ti.

Atravesso as ruas guardando a esperança,

De na próxima esquina, lá, contigo encontrar.

O vento forte e a chuva fria mesclam-se ao meu pranto.

Machucando-me o rosto.

Mas, já não me importa a dor.

Na noite fria as ruas, como eu, também, vazias.

Aperto-me e me imagino estreitada junto ao teu corpo.

Meus passos e meus pensamentos se tornam dúbios.

No entanto, fulgente tua lembrança a me excitar.

Então pressuroso bate o meu coração,

Banhando-me a chuva com o teu perfume.

E o vento melancólico prossegue murmurando o teu nome.

Invade-me grande pesar, afogando-me as lágrimas.

Enquanto o teu cheiro disseminado me quita o ar.

Contudo o vento e a chuva me reanimam com tua lembrança.

Experimentando a mistura de chuva e lágrimas volto ao passado e me imagino degustando novamente o doce mel encontrado em teus lábios. Envolve-me a magia e ouço o vento, como se fora tu sussurrando-me uma melodia na cadência de nosso amor.

Sinto-me vazia sem a tua presença como a praia solitária desse mar.

Comigo, em minhas encadeadas noites de tristeza e solidão, apenas tuas lembranças e a companhia desse vento murmurante que, assim como, eu repete o teu nome sem cessar.