Juizo

É o próprio vento que traça seu caminho,

Cruzando com o meu, tirou-me o tino,

Que uma vez perdido foi procurar em teus beijos

O absoluto absimo.

O vento me empurrou e eu empurrei teus medos,

Que empurrados, empurraram teu siso

Que perdido foi procurar em meus beijos

O absoluto abismo.

E o absoluto abismo nos forneceu o que nos foi preciso:

Corpos, toques,gemidos, gozos, líquidos.

Deu-nos a paz, deu-nos o que preciso:

Deu-nos o sossego a solidão de um precipicio.

Mas em toda solidão, há o frio.

E nos aguardavam e nos aqueceram:

Meu tino e teu siso.

E eis que acordados nos descobrimos

Zelus Rilvo
Enviado por Zelus Rilvo em 30/10/2006
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