Por que me tornei assim?

Porque vivo todo dia.

Acordo todo dia,

e como todo dia.

Os milésimos da minha vida

são desfrutados pela minha loucura.

Alucinante talvez, lúcida, pálida e lírica.

Sou assim porque gosto de umas férias largadas,

de um porre,

rir alto...

Talvez essa loucura que me toma conta

não tenha explicação.

Minha chatice e ignorância são complexas

e simples, mas me tornam completas.

Vivo de líricas, ao encontro com o céu,

sou assim porque sou eu, apenas eu.

Sou assim porque leio,

escrevo,

canto,

decifro,

as poesias que leio são minhas,

e quem sabe eu não seja poeta?

Poeta porre,

Poeta louco,

Poeta porra,

assim como diz o meu soneto.

Aprendi a amar, no mundinho pequeno

da barriga da minha mãe, e quando enfim

nasci, ela me ensinou a forma mais sensata de amar.

Corro quilômetros todos os dias

e me sinto leve, e os rocks que escuto

me embriagam.

Me arreto,

Chamo uns palavrões,

falo "oxe!",

dou uma risada alta e escrota

mesmo quando não pode.

Quando quero chorar, choro o mais profundo que posso,

quando tenho que amar, amo o mais longe que posso ir,

porque o bom da vida é ser feliz e intenso.

Mesmo que existam tantos problemas,

devaneios e abismos, o objetivo maior é viver

e no final dizer aquela bela frase de "bebum": "A vida é bela!".

Sou minha própria interrogação,

cercada por talvez, indecisões e achismos.

Tamanha loucura cabe a mim,

se auto-descrever não é tarefa fácil,

mas acredito que, não levando as vezes a vida tão a sério

tudo se torna mais fácil.

Talvez, o grande Seixas compreendesse-me muito bem:

"Controlando minha loucura, misturada com minha lucidez".

Por que me tornei assim? Nem Freud explica!

Marinara Sena
Enviado por Marinara Sena em 08/02/2011
Reeditado em 01/10/2014
Código do texto: T2778769
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