Crime e Castigo

Como posso eu ver

Tua misericórida

Para com meu ser

Se os braços que me dás

Quem muito quero

Não podem enlaçar

E beijar os lábios

Doces do meu amor

Não posso, pois.

Como não crer n'algum

Erro d'outra vida!

Porque nesta, eu

Perdida sempre estive

Outra razão não há.

Tão atroz mortificação!

Ser amado e amar!

Porém viver este amor

É viver em pecado.

Ah, meu amargo Fado!