PSICOPATA
Quando eu estava lá
Sorria o malandro
Que notícias tinha
De meu desencanto
Já tarde da noite
Cansado de escárnio
Enfurecido sangrei
O estúpido maldito
Minhas mãos vermelhas
Contavam para o mundo
O que sempre sou
Instinto profundo
Pouco mais tarde
Menor a névoa do ódio
Vendo quão selvagem fui
Senti ódio de mim
A dor me calou e dormi
Sol despertando
Comigo o animal renasce
Não deu pra sentir
O último suspiro
Do colega sufocando
Em minhas mãos de rapina
Morto o amigo de cela
A revolta se instala
Ousadia do novato
Prazer e dor em meu pulso
Choro de novo, durmo
Sou amarrado então
Transferido para a casa
De loucos insanos,
Onde mordo até sangrar
Minha língua áspera
Metal vermelho
Ainda me agrada o sabor