Desejo

Como explicar o sentimento de uma pobre donzela,

ferida pelos seus próprios espinhos?

Tanto sofrimento estampado no coração, evaporando pela alma,

flertando por uma calma qualquer, deslizando lágrimas de um encanto que se foi.

São seres humanos.

É o egoísmo, a culpa,

o sentir, o desejar, a pele, o gosto, a boca, o ar.

O desejo falou mais alto do que minhas palavras podiam alcançar,

é como se fosse domada por um feitiço sarcástico, talvez lírico, tocou-me.

Foi com se fosse a 1º vez,

porém, na verdade foi.

O simples não aceitar de um corpo não ter seu outro corpo ser,

é a simples linguagem do clímax incontrolável, donde sequer um orgasmo extraísse.

Como entender esse desejo que me doma todas as vezes ao pensar nos reflexos dos teus olhares, nas tentações do teu sorriso, no mordiscar dos teus lábios.

Isso se chama amor?

Pecado é hipofisar que seja amor,

é o mais hipócrita sentimento humano,

é a prostituição do cérebro ao desejar tanto um calor de um corpo.

É simplesmente um querer.

Não saber explicar.

Somente um querer.

Marinara Sena
Enviado por Marinara Sena em 09/02/2011
Reeditado em 10/02/2011
Código do texto: T2781684
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