BIPOLAR

Massacro a palavra, o verso, a métrica
Todo dia, toda hora no pensar maníaco
Psicose inspiradora verte como poesia elétrica
Entusiasmo criador do agridoce ao amoníaco

Danço nas hordas da bipolaridade humoral
Claridades brunas aos sóis das meias-noites
Ou negrores ternos na minha aurora boreal
Zig - zagueiam... Cotidianamente são açoites

Um Yin e um Yang tão inversos estrondeiam
Em presença de mios desvairados de Ding e Ling
Nem Dali e Van Gogh profícuos e lúcidos abarcam
A possessiva demência do meu intelectivo King

Se criatividade é ininterruptamente imaginar,
Aquela expressão não dita discorre mais alta
Do que os vocábulos expostos num versejar.
Da entrelinhas, a camuflada realidade salta!