Primavera de Maio
O acaso da falta que me faz.
A presença das noites que não tenho.
A vida que caminha por jardins secos.
É primavera.
Terça feira e aqui semeia eu.
Só, sem sol, sem nada.
Pendente daquilo que me falta,
sofrendo por aquilo que me mata.
Hoje é dois de maio.
Compus claves em minha partitura.
Cantei versos de poesias caladas.
Mas, este acaso virou um caso,
desse caso, um caos,
talvez amor.
E eu aqui sem pudor.
Marinara Sena
2008