Sarcasmo

Que chorem os acordes no meu violão.

Que doam, os dedos perversos que tocam cada corda,

com cada fúria, com cada medo, cada letra.

Que mordam, as línguas severas,

palavras sinceras,

falsas ao saírem de tal boca.

Que movam-se antídotos,

benzendo-nas tua alma podre.

Na lama do teu cáis, que sejam

póstumas, ver flores de novembro.

Ao menos prestumas, verias flores

secas, sem vida, sem cor, sem som,

sem tu, que nem tu.

Marinara Sena
Enviado por Marinara Sena em 12/02/2011
Código do texto: T2788036
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