Com o amor não se brinca

Você incendiou o meu mundo

Dizendo-me que poderia me tirar da solidão

Resgatar-me do fundo...

... Daquele poço; nunca havia conhecido uma pessoa assim

Tão decidida, tão carinhosa e tão cheia de intenções

Segundas tolas e rotineiras, tornava-as inesquecíveis para mim

Os ponteiros giravam e nós extraíamos o máximo um do outro

Tinha o controle da situação, dizia para mim mesma que não iria me apaixonar, apenas curtir suas provocações

Só iríamos jogar um jogo perverso com inúmeras concessões

Um jogo em que ambos entramos sabendo as regras e demo-nos liberdade às amplas movimentações

Além de conhecermos muito bem as possibilidades de jogadas, as permissões

Das peças; passei a sonhar com você e acho que isso também aconteceu contigo

Às pressas, sua face e gestos mudaram, os seus modos de cavalheiro se deturparam em performances teatrais

Não fui a culpada e nem foi culpa sua; contracenamos num roteiro feito pelo destino

E seu comportamento só encontrava a pulsão satisfatória...

... Quando introduzia objetos e falas inadequadas a conjuntura que eu permitia

Descobri que, nesse mundo só há flertes e superficialidades, desatinos

Ninguém ama ninguém e não queríamos nos apaixonar

É a famosa situação “sobre controle” que o sentimento nos desafia...

... Faz questão de desafiar-nos dia após dia, nos dando migalhas afetivas e roubando nossa pouca alegria

*Baseado em: “Wicked Game”, canção de Chris Isaak

Marciano James
Enviado por Marciano James em 12/02/2011
Reeditado em 25/09/2011
Código do texto: T2788542
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