Com o amor não se brinca
Você incendiou o meu mundo
Dizendo-me que poderia me tirar da solidão
Resgatar-me do fundo...
... Daquele poço; nunca havia conhecido uma pessoa assim
Tão decidida, tão carinhosa e tão cheia de intenções
Segundas tolas e rotineiras, tornava-as inesquecíveis para mim
Os ponteiros giravam e nós extraíamos o máximo um do outro
Tinha o controle da situação, dizia para mim mesma que não iria me apaixonar, apenas curtir suas provocações
Só iríamos jogar um jogo perverso com inúmeras concessões
Um jogo em que ambos entramos sabendo as regras e demo-nos liberdade às amplas movimentações
Além de conhecermos muito bem as possibilidades de jogadas, as permissões
Das peças; passei a sonhar com você e acho que isso também aconteceu contigo
Às pressas, sua face e gestos mudaram, os seus modos de cavalheiro se deturparam em performances teatrais
Não fui a culpada e nem foi culpa sua; contracenamos num roteiro feito pelo destino
E seu comportamento só encontrava a pulsão satisfatória...
... Quando introduzia objetos e falas inadequadas a conjuntura que eu permitia
Descobri que, nesse mundo só há flertes e superficialidades, desatinos
Ninguém ama ninguém e não queríamos nos apaixonar
É a famosa situação “sobre controle” que o sentimento nos desafia...
... Faz questão de desafiar-nos dia após dia, nos dando migalhas afetivas e roubando nossa pouca alegria
*Baseado em: “Wicked Game”, canção de Chris Isaak