NAS ASAS DO VENTO
Nas asas do vento que sopra teimoso
Vindo do norte para sul se encaminha
Viaja meu atro pensamento pesaroso
Minha meta é incerta, é mesquinha
No frio cortante conservo a esperança
De poder ser um dia somente o que sou
Almejo ofegante poder ser a criança
Que a agonia, há muito à vida tirou
Nesse glaciar desliza minha alma
Nesta solidão que a vida me deu
No fervilhar que nunca se acalma
Na desilusão do mundo que não é meu
Nas asas do vento que sopra teimoso
Vindo do norte para sul se encaminha
Se apaga o alento, e com esgar de gozo
Encontro a morte, há muito já minha