Essência de Rita

Vejo sempre você,

Pelas belezas deixadas do Império,

Pelo auge da Urca,

Pela simplicidade do idealismo a luta.

Você sem dizer nada

Lá fora ou na sacada...

É meia luz,

Meia flor...

Um linda menina,

Que baila na brisa da tarde...

Da lagoa Rodrigues de Freitas a Paquetá;

Entremeia nas noites de luar...

Meio céu azul em verão;

Um pouco Zona Sul,

Um pouco Mangueira,

Uma campesina nas primaveras,

Uma cidade maravilhosa.

Na verdade...

Uma carioca,

Longe dos braços do Cristo Redentor,

Uma bela morena em Brasília,

Uma criança em infância,

Com saudades da vista do arpoador,

Da terra do samba,

Da viçosidade da obra,

Da vanguarda da Bossa,

E da essência da poesia.

Mulher meiga, muito mãe, muito filha...

De uma sinceridade,

Como a luz abordando a janela do quarto por necessidade.

Uma paixão viva em sua jovialidade.

A bem de tudo que se possa identificar...

Essa capacidade viva de reunir no chão,

O Amor, a paz e a razão.

Se não for você,

Essa identidade, prá mim é tudo o que versa a sua paisagem.

Não importa onde estejas,

Não importa os queixumes,

A torre da ilha...

Prá valer mesmo, o Rio é você sem idade.