Ùltima parada

(À última das Marias gasolinas)

Não tenho o cheiro

Que tu gostas

Nem a marca que pretendes;

Do meu escape,

Só palavras soltas ao vento.

Não acelere minha alma

Com o ronco do rancor

Na sua ignição acelerada...

Deixe-te guiar-me pela brisa

Dos que trocaram

As marchas do comando

Pela calmaria do abandono.

Vá, risque o asfalto de pressa

Cheire a morfina com sumo

Dos que vagueiam na procura do ínfimo instante...

Quando cansares,

Estacione junto à calmaria insana

Dos meus versos e danos.

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 01/11/2006
Código do texto: T279143