Escrito em um Concerto
Ouço vozes mudas,
quase sempre raras.
Não busco a perfeição,
a perfeição é mascarada.
Minhas retinas decalcam
um esqueleto "osteoporótico"
e os sons que ouço
revelam a ultrassonografia das minhas inconstâncias.
É preciso gritar a estupidez da verdade.
A verdade é um Esperanto?
Utópica e para todos?
Não!
As cordas, as escalas...
Escalo. E calo.
Jó Cavalcanti
Outubro, 2010.