Dia de Finados

Nesse dia de finados

Os cemitérios, de gente ficam entupidos

Os vivos relembram seus mortos

Os seus entes mais queridos

As igrejas convidam os fiéis

Ouve-se o ressoar dos sinos

E a vida nos convida a lembrar

Que é etérea e cheia de sacrifícios

E isso tudo me faz pensar

Que se morre quando se está vivo

E que vida é vislumbrar

A criação com os olhos do espírito

E então passo a desejar

A verdadeira vida, o infinito

Com meus entes queridos estar

E na paz de Deus me sentir vivo

Hoje é dia de finados

Tenho pressa, me sinto aflito

Quero logo me libertar

Dessa vida sem sentido

Eu sei, sou livre para amar

Mas o amor tem seus desígnios

Só me sinto livre para poetar

As bobagens que eu sinto

Sinto falta de você meu pai

Tua força e teu sorriso

Não consigo me adaptar

A viver nesse desvario

Minha vida não tem graça

Se acabou quando partiste

Mudei-me de terra e de lugar

Mas tua falta me aflige

De tuas lições quero lembrar

E honrar a tua estirpe

Então vou me resignar

A viver sem o teu convívio