Além da janela da alma
Há casas amarelas
Com janelas coloridas
Oníricas.
Há casas sem cor
Sem janela alguma
Reais.
Nas casas amarelas,
Mulheres belas
Fabricadas
Escondendo marcas em máscaras de sorrisos.
Nas casas sem cor,
Mulheres sofridas
Com feridas
Na pele e na alma.
E vivem seus mundos
Distintos,
Totalmente.
Diferem na casca,
Nos vestidos,
Nos sapatos,
Nos pés descalços...
Mas são iguais por serem construtoras
De seus próprios castelos,
Invisíveis.