PAREDE
quando fecho os olhos
uma parede branca é o que vejo
a exegese do silêncio
ante a nulidade do meu ser
inútil
antes sonhasse cidades
em gradações de gris
ou um trem que partiu
vazio de almas
mas quando fecho os olhos
é uma parede branca
a síntese do meu desejo
* * *
Goiânia, 2 de novembro de 2006