Imperfeito resgate

“Amor! E a satiríasis sedenta,

Rugindo, enquanto as almas se confrangem,

Todas as danações sexuais que abrangem

A apolínica besta famulenta!" (Augusto dos Anjos)

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Cada amor tem sua desventura,

pois uma vida a uma outra atura

e geram-se as culpas para a contrição.

Cada pecado tem sua constrição,

pois é na dor que ressurge a redenção;

resgate tardio da alma contrita.

A esperança é o fruto da última essência;

junções imperfeitas do primeiro olhar,

da carne... - do sexo! Beijos e desavenças.

Na cama isolada de cada perdão

descansa sempre o pecado ao lado - indomável!

Na sala dos nossos fados é ofertada

a alcova ao resgate da imperfeição!

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 03/11/2006
Reeditado em 03/11/2006
Código do texto: T281059