Entrecorpos...

Corpos em sintonia... Um passo diante do outro... O alvoroço da gente que escorre...Fria.
Na cidade cinza, encontro-me em blocos... Um resto de gente... Um rastro infinito...
Infinito abrigo abriga-me em laços fortes.
Deixo a luz acesa... Da janela, envolvo os ouvidos à dança da correnteza que se aproxima... Chuva de rodas... Blindadas metas.
Ao som do candeeiro de sinos... A metáfora sempre ajuda a corromper a fôrma do pensamento de gado... Diluo as páginas amarrotadas da memória... Sou tudo, sou nada... Significante aos olhos de quem me namora a silhueta iluminada.
As palavras são o desleixar das pálpebras... Um risco...Um rabisco... Meu rascunho nessa vida de muralhas.
Melodia e Arte... Artefatos pautados... Linhas e entrelinhas... Um rasgo no infinito...
Assim, entrecorpos, posso abraçar o mundo... Enquanto deito-me ao lado avesso.


18:53



Um texto, para deixar beijos e desculpas pela ausência.
Ainda agarro-me aos ponteiros do tempo... Ele finda mais rápido que o meu desejo... Assim, beijando os meus projetos de vida e amando "infinitivamente", sou a competência e incompetência aliadas...rsrs

Meu carinho a todos os amigos,
Nadia Rockenback