À beira do caminho.

Não restará sequer uma lembrança,

Um vestígio banal, qualquer, pequeno,

E toda paz será como um veneno;

De nada valerá ter esperança.

Mesmo desesperar, às vezes, cansa

Prosseguir torna o mundo mais ameno

Quem mais recordará do breve aceno

Quando tudo perder-se na distancia.

Se tudo que restar for esta falta

Quantos gestos domados nos receios?

Refuta nesta culpa que te assalta

Não basta ser escravo dos anseios

A pele faz nascer a dor incauta

Quando viver é mais que um devaneio.