Trem que me faz passado

O passado

Aquele que conto presente

O que eu sinto aqui dentro é genuíno

Que chama a luz do dia

Que louva a luz da lua

No trilho do trem

Que solta fumaça

No trilho que corre ao infinito

Que corro em busca

Da pluma que voa

E o vento que sopra

Carrega as folhas secas

Traz novas eras

Novas épocas, novas estações.

O sol que se põe

O laranja que sucumbe os céus

A fornalha que queima a floresta

Em respeito ao adormecer da estrela maior

Caminho que vou e volto

Passado que vou e volto

O trilho que vibra

Que me empurra

Que me mata

Na alvorada levarão meu corpo

De volta para casa

21/02/2003

Manoel Aguiar
Enviado por Manoel Aguiar em 07/11/2006
Código do texto: T284171