Trem que me faz passado
O passado
Aquele que conto presente
O que eu sinto aqui dentro é genuíno
Que chama a luz do dia
Que louva a luz da lua
No trilho do trem
Que solta fumaça
No trilho que corre ao infinito
Que corro em busca
Da pluma que voa
E o vento que sopra
Carrega as folhas secas
Traz novas eras
Novas épocas, novas estações.
O sol que se põe
O laranja que sucumbe os céus
A fornalha que queima a floresta
Em respeito ao adormecer da estrela maior
Caminho que vou e volto
Passado que vou e volto
O trilho que vibra
Que me empurra
Que me mata
Na alvorada levarão meu corpo
De volta para casa
21/02/2003