Você é tudo
Quando a vida lhe sobra nua
Não deve atar assim a sua mão
Não há nenhum fiapo humano?
É hora de beijar o chão
Quando o que resta é sua cama
E a indiferença dos que se vão
Esse ainda não é todo seu nada
É hora de beijar o chão
Quando um sim resolveria
Mas lhe oferecem o pobre não
Ainda não chegou o seu limite
É hora de beijar o chão
Beija o chão e ganhe certeza
Por mínima que seja ou possa ser
Sabedor do hostil e do grotesco
Que você é tudo o que pode ter