UMA DE PROVOCAR

Sobe-se clima,

Fecha-se porta,

Ascende-se luz,

Deita-se cama.

Vejo-te:

parada,

insinuada,

provocante.

Deito-me ao teu lado,

tomo meu posto.

Respiro-te em aromas

beijo-te na boca

beijo-te a nuca

aranco-lhe a roupa,

beijo-te o pescoço...

Calmo.

Sentindo-te a pele.

Derrepente.

O inesperado,

A incógnita do mundo

O enigma do inusitado...

- A cidade se apaga!!!

Calam-se...

Descubro teu peito

Descobre-se a nuca

eu me deleito

você me descobre.

A tua boca,

nua respira,

transpira, a carne.

Transpira a cama.

Busco teu colo

acho-me em teu ventre

cato teu braço

mordo tua boca.

Para. Paro.

...relançe,

Volto-me a ti,

descubro cabelo,

descubro-me em seu jeito,

busco teu verso.

Proponho-te silêncio.

Eu sou teu parceiro,

Você, minha parada,

quero você, alegria desalmada.

Quero teu corpo

respiro em teu peito

descubro um sentido

ao invés desampará-la

Quando descoberta a carne,

a pele que está nua

descubro em teu rosto

a boca que até, se fazia nula.

E tudo isso me vai...

O momento, no instante se acaba

alegria se faz clima

eu por isso não me abalo.

Vais contente

deixas vazio.

Enches de ambição.

O momento ébrio.

Vais mas fica,

fica memória

de provocacões

fica tua história.

Lucas Terra
Enviado por Lucas Terra em 07/11/2006
Código do texto: T284384