A LUXÚRIA
A Luxúria é como a Dama da Noite
Dá e clama por prazer
Castiga e aceita o açoite
Como forma de vida e lazer
Ela seduz o cavalheiro andante
Seja com sua voz de veludo
Ou seus verbos suplicantes
Que deixam o cliente tão mudo
Sua casa é farta de alegria
Uiva como loba faminta
Do crepúsculo ao meio-dia
Por cada prazer que incita
Vestida com trajes a cores
Aceita até do vagabundo errante
A posição que lhe causa dores
E o prazer do seu poderoso amante
Afastemo-nos da louca luxúria
Pois seu agrado é tão doce
E seu fruto, uma penúria
Mais amarga que a vida fosse
Não vale a pena e o esforço
Perder nosso bem precioso
Derramando como um estúpido moço
O esperma até secar o poço
Pois as águas da vida
Renovam a mente e o corpo
Como nossa casa e guarida
E eliminam o elemento "porco"
Que a luxúria só alimenta
Em seu jardim de espinhos
O lobo que sempre espreita
Nossas pudendas em seus ninhos
Afasta-se de mim, sua besta
Com a Espada da Castidade
Perfuro teu Olho da Testa
Onde começa a Eternidade