A LUXÚRIA

A Luxúria é como a Dama da Noite

Dá e clama por prazer

Castiga e aceita o açoite

Como forma de vida e lazer

Ela seduz o cavalheiro andante

Seja com sua voz de veludo

Ou seus verbos suplicantes

Que deixam o cliente tão mudo

Sua casa é farta de alegria

Uiva como loba faminta

Do crepúsculo ao meio-dia

Por cada prazer que incita

Vestida com trajes a cores

Aceita até do vagabundo errante

A posição que lhe causa dores

E o prazer do seu poderoso amante

Afastemo-nos da louca luxúria

Pois seu agrado é tão doce

E seu fruto, uma penúria

Mais amarga que a vida fosse

Não vale a pena e o esforço

Perder nosso bem precioso

Derramando como um estúpido moço

O esperma até secar o poço

Pois as águas da vida

Renovam a mente e o corpo

Como nossa casa e guarida

E eliminam o elemento "porco"

Que a luxúria só alimenta

Em seu jardim de espinhos

O lobo que sempre espreita

Nossas pudendas em seus ninhos

Afasta-se de mim, sua besta

Com a Espada da Castidade

Perfuro teu Olho da Testa

Onde começa a Eternidade

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 14/03/2011
Código do texto: T2847124
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