Rajadas de vento
O último refúgio foram aqueles amores,
dos quais jamais haveriam doces desejos.
Flores de outono caídas tão vagamente
pelos bancos de avareza de cada ser.
Eram apenas amargas lembranças deletéricas,
de um dia qualquer.
O sol se pôs ao entardecer,
rajadas de vento tocaram na janela ,
machucaram as groselhas existentes lá fora .
Onde está o mundo?
Onde está a fé?
Embora tão cético, ao menos deixem as aves voarem, os pássaros cantarem, e o amor renascer.
O outono domina os hipócritas ,
iludidos talvez, com um mundo sem fim .
O sol acompanha a cada amanhecer, refletindo seus raios por janelas, formando arco-íris.
A minha janela.
O último refúgio do sol, desse mundo tão sem fim ,
foram aquelas rajadas de vento do fundo da alma .
Rugiram o som da brisa e o sol refugiou-se por
todas as tardes , assim como rajadas de vento...
Marinara Sena
10/04/2008
08:38am