Rajadas de vento

O último refúgio foram aqueles amores,

dos quais jamais haveriam doces desejos.

Flores de outono caídas tão vagamente

pelos bancos de avareza de cada ser.

Eram apenas amargas lembranças deletéricas,

de um dia qualquer.

O sol se pôs ao entardecer,

rajadas de vento tocaram na janela ,

machucaram as groselhas existentes lá fora .

Onde está o mundo?

Onde está a fé?

Embora tão cético, ao menos deixem as aves voarem, os pássaros cantarem, e o amor renascer.

O outono domina os hipócritas ,

iludidos talvez, com um mundo sem fim .

O sol acompanha a cada amanhecer, refletindo seus raios por janelas, formando arco-íris.

A minha janela.

O último refúgio do sol, desse mundo tão sem fim ,

foram aquelas rajadas de vento do fundo da alma .

Rugiram o som da brisa e o sol refugiou-se por

todas as tardes , assim como rajadas de vento...

Marinara Sena

10/04/2008

08:38am

Marinara Sena
Enviado por Marinara Sena em 14/03/2011
Reeditado em 14/03/2011
Código do texto: T2847301
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