O que se vive ao lado de um ser
É como uma música que toca e interessa.
É como chuva de novembro.
É como sol de Janeiro.
É como as flores da botânica.
É como a memória...
Vivemos.
Se vive, porém jamais é esquecido,
Mesmo tudo que foi bom ao lado de algum ser,
Possa não ter nutrido sentido algum para alguém,
Para meu ser, é o que importa.
Para o seu ser, é o que importa.
Mesmo que também se vivam coisas inesquecíveis
Ao lado de outras pessoas,
mesmo que os abraços mais desejados daquele ser,
jamais forem encontrados.
Mesmo que os beijos mais doces, jamais sejam adoçados.
É eternamente algo que jamais em memória será esquecido.
Se acabou, ninguém precisa dizer.
A resposta já está no simples fato de um ser
Já não apoderar-se do outro.
Não precisa palavras desperdiçarem,
Apenas o sentir de um gesto,
Apenas compreender o apenas,
Já é a simples resposta de um fim.
Passou, ficou para trás,
Porém, esquecido, jamais.
Assim como tudo que é bom,
Dura o tempo necessário para ser
Inesquecível, indispensável e incrível.
A falta logo exclama, normal seria se não fosse.
Chorar? Não.
Por quê?
Não te fez mal,
Foi brilhantemente um amor,
Uma paixão insinuante,
Apoderou-se de tua memória,
de minha memória
Tornando-se suficiente inesquecível.
Em todo caminho há obstáculos.
O choro não é bem-vindo, e quem se ama,
Queremos o bem.
A única forma do sofrimento aquietar-se,
É o simples aceitar o que não mais te pertence,
O que não mais nos pertence.
Agradeça sempre a tal memória,
Tuas recordações sempre restarão.
Só nos resta sorrir,
aclamar, e caminhar,
nesse eternamente amor.
Marinara Sena
05/02/2008
06:05 PM