as águas como as mágoas
passeiam pelas anáguas
das moças da cidade
que vertem seus olhos
aos rios que nelas desaguam
as águas como as anáguas
entregam-se aos igarapés
encharcam-se de mundo
mergulham até o fundo
para voltar à tona
secam.
as mágoas e as anáguas
apertam as carnes
sufocam a alma
porque tudo que queriam
era não existir.