as águas como as mágoas

passeiam pelas anáguas

das moças da cidade

que vertem seus olhos

aos rios que nelas desaguam

as águas como as anáguas

entregam-se aos igarapés

encharcam-se de mundo

mergulham até o fundo

para voltar à tona

secam.

as mágoas e as anáguas

apertam as carnes

sufocam a alma

porque tudo que queriam

era não existir.

Larissa Marques
Enviado por Larissa Marques em 14/03/2011
Código do texto: T2848209
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