Nunca

Nunca estive tão perdido

dos caminhos que cruzei

dos labirintos que perdi

das estradas que errei

Nunca estive tão sofrido

dos sonhos que despertei

dos abismos que causei

da realidade que criei

Nunca estive tão cansado

das lutas que vivi

das guerras que travei

das punições que recebi

Nunca estive tão lacrado

das portas que fechei

dos gestos que contive

dos pensamentos que pequei

Nunca estive tão assim

dos passos que percorri

dos desejos que acordei

das batalhas que sofri

das palavras que guardei

Tanta companhia e tanta solidão

Tantos sonhos e tão pouca realidade

Tão pouca felicidade e tão pouco perdão

Tão poucos desejos e tanta emoção...

Tom Alves
Enviado por Tom Alves em 07/11/2006
Reeditado em 16/03/2010
Código do texto: T285052
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