CANALHAS
Na corda bamba da vida
O homem se equilibra com medo
E faz sua travessia sofrida
Tentando desvendar o segredo
Egoísta por natureza
Coloca os seus acima da lei
Endeusa o poder e a riqueza
E ajoelha-se ante o rei
Animal que inveja e odeia
Puro instinto de sobrevivência
Apenas um inseto na teia
Esperneando sua indecência
Só resta rezar e dizer Amém
De dia chora... À noite goza...
Quem não for canalha também
Que atire a primeira rosa