CANALHAS

Na corda bamba da vida

O homem se equilibra com medo

E faz sua travessia sofrida

Tentando desvendar o segredo

Egoísta por natureza

Coloca os seus acima da lei

Endeusa o poder e a riqueza

E ajoelha-se ante o rei

Animal que inveja e odeia

Puro instinto de sobrevivência

Apenas um inseto na teia

Esperneando sua indecência

Só resta rezar e dizer Amém

De dia chora... À noite goza...

Quem não for canalha também

Que atire a primeira rosa

Sigmar Montemor
Enviado por Sigmar Montemor em 16/03/2011
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