Foi o amor

Meu coração agora incólume

Mais parece uma brenha

Só da passagem a aquele

Que realmente o assume

E que tem os dígitos certos

Da sua nova senha

Hoje jaz tão inerme

Mas carece de palavras meigas

Precisa recuperar a seiva

Tirada um dia do seu cerne

Um tempo em que parecia mortiço

Um tempo em que tudo era sobejo

Um tempo que tudo parecia um feitiço

Feito pelas loucuras do tempo

Incentivadas por um tenro desejo

Hoje recuperado

Vive intensamente o amor

Tranqüilo como uma flor

A bela flor do prado

Passou por frívolo

Se hoje é meio esquivo

Tem o porquê

Passou por aziago

Sem carinhos nem afagos

Do mundo estava a mercê

Passou em meio a tantas brumas

Suas gotas de sangue eram rubras

Pois estava em meio a um crepúsculo

Não tinha nem vez e nem voz

Passou até por atroz

Foi chamado de esdrúxulo

Graças ao tempo que se aliou com o destino

Foi encontrada uma solução

Um sentimento quase divino

Hoje rege o meu coração

Altair Jose
Enviado por Altair Jose em 17/03/2011
Reeditado em 17/03/2011
Código do texto: T2852937