COTIDIANO

Estou vazia.

Não ocupo todos os meus espaços.

A solidão me contém.

Crises anunciam que a intenção,

memória e realidade precisam de revisão.

Revejo conceitos

de identidade e liberdade de ação.

Dúvidas paralisantes,

questionamentos infindáveis.

Imagens divididas da realidade.

Decisões penduradas no varal do tempo.

Máscaras caem.

O sol beija minha face nua.

A mente aberta inspira os próximos passos.

Idéias novas fecundam meu cotidiano,

O rumo fica mais claro.

Ajo na direção de um alívio profundo.

Julho/2006