O SIRI

O Siri ri de si mesmo

Como palhaço abobalhado

E seu esqueleto ao avesso

Ele anda sempre de lado

Quando depara c’um estranho

O Siri ergue suas pinças

Contra um sujeito enfadonho

Que lhe perturba e lhe atiça

Dois caminhos tortuosos

O Siri deve seguir:

Ou ataca de modo duvidoso

Ou então vai fugir

Sua casa é a praia

O lodo ou a lama

Com todos de sua laia

O Siri nunca reclama

O Siri não escreve em cirílico

É um ser fugidio

De um caçador cínico

Ele corre até contra o rio

O Siri é um bicho estranho

Tem os olhos fora do corpo

E a cara de um homem tacanho

Que faz a gente de bobo

Seu lar predileto é o mangue

Nas noites de lua cheia

As fêmeas se ajuntam em gangue

Pra desovar a mancheias

A vida do Siri é labuta

Comendo, ele se esgueira

Correndo contra uma vida curta

Ou na panela de uma cozinheira.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 18/03/2011
Reeditado em 20/03/2011
Código do texto: T2855469
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