O APOCALIPSE DE HOJE

O que está acontecendo

Sobre nós, um grande eclipse?

Estaria o mundo horrendo

Num temível apocalipse?

Terroristas sem uma causa

Se matam por uma fé morta

Achando que, após uma pausa,

Vão parar na ante-porta

Do paraíso de sua fé

Interpretando à letra morta

Mas dando a marcha à ré

No vale das almas tortas

Terremotos e furacões

Assolam as pessoas em pane

Que se afastam dos vulcões

E dos terríveis tsunamis

Revoluções no Oriente

Derrubando ditaduras

Pois se revolta toda gente

De um regime sem brandura

Líderes fanáticos

Se alastram pela humanidade

Deixando os seres lunáticos

Dignos de piedade

São cegos guias de cegos

Com sua lábia e cinismo

Alimentam todo o seu Ego

E levam todos para o abismo

Os países do Setentrião

Vivem suas crises e febres

Falta leite, falta pão

Para o nobre e para a plebe

Há os que esperam em vão

Cristo descer do paraíso

Mas só sabem dizer “não”

A um cristão pobre e tão liso

A violência grassa nas cidades

E a turba vive em pânico

Contra os moleques de tenra idade

Que matam como os tirânicos

Os valores se alternaram

Bandidos se tornaram mocinhos

Os heróis que a pátria amaram

Foram saindo de mansinho

Traficantes de toda espécie

Aterrorizam a polícia

E há um setor que cresce:

Os bandidos das milícias

A juventude se rendeu

Perdendo a honra e a vergonha

Elevando como um “deus”

A nauseabunda maconha

A corrupção se alastra

Como um vírus tentador

Que só aos cândidos afasta

Mas atrai o corruptor

Nesses tempos turbulentos

A natureza foi violada

Pela poluição, pelos ventos

Da indústria idolatrada

Mas na Caixa de Pandora

Restou a esperança

De, a qualquer dia e hora

Voltarmos à Era da Infância

Estamos no momento crítico

No final de Kali-Yuga

De um mundo caótico e prístino

O mal vai pela rota de fuga

Teremos um mundo vindouro

Onde jorra rios de leite e mel

Uma alma rica em tesouro

E um instante eterno no céu

Na Jerusalém Celestial

Não viveremos à míngua

De um sistema desigual

Falaremos a mesma língua

E num futuro distante

Seremos banhados de Luz

Seremos alunos infantes

Dos mestres Buda e Jesus.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 18/03/2011
Reeditado em 20/03/2011
Código do texto: T2855473
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