Confins



Lá nos confins do princípio
onde o fim renasce igual
grão a rasgar precipício
que em superfície eclode,
verde novo de ramagem
eu penso, que, afinal,
no correr desta viagem
tudo o que não pode, pode
dentro do relativismo
com que medimos o abismo
de acordo com nossas pontes.

Se avançarmos mais, explode
a trilha vital da fonte
tal qual matasse a esperança.
Voltar, por sua vez, implode
dentro de nós um horizonte
tal qual calasse a criança.



T.Otoni, 02 / 2011