O DIVINO E O BARDO

O Divino divide o vinho

Com o bardo, seu vizinho

E flerta com o sopro

De vida, virtuoso

E o verbo se fez carne

E da palavra, o universo

O Cancioneiro da Verdade

Cantou em um único verso

Vamos brindar o mistério

E fazermos um escambo

Dou-te o meu Império

Dê-me um ditirambo

Escreva uma ode

Em celeste homenagem

Ao Mercúrio, este pode

Numa cósmica carruagem

Cante uma sonata

Para a Estrela Polar

Sua pena arrebata

Do astro, seu olhar

Invente um estribilho

Para o Dourado Astro-Rei

Com seu ardor e intenso brilho

Ele obedece minha Lei

Cante serenatas

Por cada estrela infinda

Cintilantes acrobatas

Dão-lhe boas-vindas

O verbo se fez presente

Na aurora do Universo

E a Cósmica Mente

Criou sua obra, imerso

Num profundo transe

Formando cada imagem

Fruto de sua entranha

Numa cólera selvagem

O Divino e o bardo

Brindaram a Mantéia

O Divino – com seu brocardo

E o bardo – com sua panacéia.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 21/03/2011
Código do texto: T2861752
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.