Carta a SAINT-EXUPÉRY

Si alors un enfant vient à vous, s'il rit, s'il a les cheveux d'or, s'il ne répond pas quand on l'interroge, vous devinerez bien qui il est. Alors soyez gentils! Ne me laissez pas tellement triste: écrivez-moi vite qu'il est revenu...

ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY

Carta a SAINT-EXUPÉRY

Não pude reter-me ao anonimato e embora não estejas mais aqui entre nós, talvez ande por ahí habitando um destes pequeninos planetas situados nos sorrisos alheios, daqueles tímidos sorrisos dos que ainda sabem sorrir; ainda sim, quero dizer-te o que senti:

Aquela figura de olhar luzido e cachecol dourado, capaz de reportar-nos ao amor pueril, resgatando-nos do ostracismo de nossos ocultos sorrisos, abordou-me numa destas noites iluminadas e , embora cheia de sorrisos uma lágrima visitou-me a tristeza, ele então com suas mãozinhas finas enxugou-as falando-me de um homem que conhecera num deserto.

Ainda sob efeito cativo do pequeno, rendi-me ao sorriso das estrelas e acariciando duas rosas entendi o mistério das lágrimas. O pequeno acariciou-me a tez e igualando-se a uma estrela sustentou-se na luz e sumiu junto a ela.

Desde deste dia eu nunca mais o vi mais tenho certeza que ao desvendar-me os mistérios das lágrimas pude entender um pouco mais de mim mesmo e um tanto mais de minhas rosas...

Escrevo-te, pois acredito que este era também o desejo daquele pequenino menino, encontrar-te aqui novamente e enxugar-te as lágrimas de outrora, para assim revelar-te as cortinas do puro sorriso, do eterno sorriso de uma fraterna amizade.

Dimythryus

22h15m

05/08/2006

Dimythryus
Enviado por Dimythryus em 09/11/2006
Reeditado em 09/11/2006
Código do texto: T286465