Mariana.

No meu tempo de menino.

O meu passa tempo.

Era tomar banho de rio.

E pescar lá na lagoa.

E também brincar com o cachorro.

As vezes jogava uma bolinha.

La no campo de gramado.

No pasto onde vivia o gado.

Brincava de esconde esconde.

E também de pega pega.

Muitas vezes entrava na mata.

De estilingue e bodoque para caçar.

Atirava para acertar no que via.

Mas matava o que não via.

Mesmo assim ficava a sorrir.

Com o passar do tempo.

Pouco a pouco fui crescendo.

Me tornei adolescente.

Tudo mudou de repente.

Virei um moço carente.

Nesses tempos sentia grande aflição.

Em meu peito apertava o coração.

Nem sabia o que era uma paixão.

Muito menos imaginava uma sedução.

Para mim a menina o a mulher.

Era um bicho qualquer.

Certo dia chegou no interior.

Com muita algazarra e clamor.

Um circo e uma cigana com seu tarô.

E ali logo sua tenda armou.

E foi nesse dia que conheci o amor.

Certo dia já passava da meia noite.

Criei coragem e fui consultar com a cigana.

Que na verdade se chamava Mariana.

E me convidou para entrar em sua cabana.

E ao me pegar pela mão tive uma sensação.

Não sei se foi magia ou encanto.

Me vi semi nu sobre a cama.

Foi ai que a descobrir como era boa Mariana.

E após aquele momento indecente.

Meus dias se tornaram felizes.

E as noites foram cheias de amor.

Na relva sob o encanto do luar.

Na beira do rio ou do riacho.

Na mata ou mesmo na cabana.

Transava com a Mariana.

Minha primeira experiência.

Foi num dia de primavera.

Numa noite de luar.

Debaixo de um pé de ipê.

Mariana era devassa era sacana.

Era minha tara minha fantasia.

Depois de muito tempo.

De muito amor indecente.

De muitas transas na adolescência.

Certo dia tarde ao acordar.

Fui correndo para campo o circo olhar.

Na verdade Mariana iria me encontrar.

Quando lá cheguei só ouvi o ronco do caminhão.

Que ja seguia pelo estradão do sertão, levantando um poeirão.

E sobre a carroceria o circo todo desmontado.

Ainda pude ver na cabine o rosto de Mariana.

Que sorridente me acenava dizendo adeus...

Então voltei cabisbaixo para aquele local.

A onde era o nosso templo do amor.

Onde carentes fazíamos amor indecente.

E por muitas noites sexo violento.

Lá na beira do rio longe de toda aquela gente.

Já se passaram muitos anos que partiu Mariana.

E ainda não achei uma mulher igual Mariana.

Mariana era devassa indecente e sacana.

Me judiava loucamente sobre a cama.

Só me resta lembrar os momentos de prazer.

Que tive com Mariana.

I LOVE MARIANA.

Direitos Reservados Ao Autor

Valentim Eccel.

Eccel
Enviado por Eccel em 26/03/2011
Reeditado em 24/11/2023
Código do texto: T2871505
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