Mágoa...Ou talvez, Amor.

Vai... Toma o seu rumo no estreito...

Traga o vinho do castiçal.

Amortiza a mágoa em meu peito

e leve pra longe esse mal.

Depois sonhe nessa terra longínqua.

Coma a minha alma ausente.

E, na ânsia faltosa e ambígua,

vomite-a como a uma serpente.

E quando seus olhos se encontrarem,

no epicentro dum amor desigual,

sinta suave aos meus se cruzarem...

E cegar-te-ei a um remorso fatal.

Mas, se não conseguires nem em sonhos me achar

e se o seu próprio veneno não te deixar dormir,

tente no desespero por mim chamar...

Quem sabe assim, aqui, eu possa te ouvir.