A MORTE
Escrevo sobre a morte
Ela é coisa certa
Me deseje boa sorte
Nada mais me resta
Ela é minha parceira
Da Roda do Destino
Sempre me dá uma rasteira
Após o meu último hino
Ela é feita de ossos
Do cadáver apodrecido
Dizer mais não posso
Temo o desconhecido
A morte está na espreita
Com sua mórbida foice
Com um enfermo se deleita
Como o cavalo dá o coice
A morte não é tão má
É a natureza renovada
Com’um barco a navegar
Até o fim da jornada
Á morte, brindemos nós
Ela é o portal da outra vida
Pois desta iremos sós
E a próxima nos dá boas-vindas.