No Metrô

Rostos pensantes,

sérios semblantes,

ninguém me sorri

Alguns serenos,

olhares amenos...

é tudo que vi.

Vão todos calados,

alguns amuados,

outros cansados,

o íntimo de cada

- como saber?

Assim sou mais um

no Metrô matutino

sigo meu destino...

não sei se me vêem,

mas continuo a viver!

Depois - que surpresa!

no corredor de interligação

me distraio com as vitrines

e entro na contra-mão

Percebo o engano sem muito a fazer

no fluxo intenso, parecendo cardume,

é deixar-se levar, seguir e ver...

Depois, no final, percebo o motivo

dispensando placas de orientação

ser humano é boi solto na vida e na rua

faz seu próprio caminho e a sua solução!

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 11/11/2006
Reeditado em 03/03/2013
Código do texto: T288247
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