Aventureiros do asfalto
“...Caminho devagarinho / Cantarolando a canção / Sou pássaro sem ninho / Vagueando o coração”
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Os pombos repousam
Na sacada,
Enquanto o céu urbano
Observa apressado
A sujeira do asfalto.
Aos meus olhos
Reaparecem galhos
De árvores
De um cenário
Quase esquecido.
Os pombos voam
Da sacada,
Enquanto a nuvem urbana
Derrama suas lágrimas
Na saudade
De uma fábula de menino.
Os pombos refazem discretos
Seus ninhos
Sufocados em meio
A um mundo
De asfalto e concreto.